Nos psicodélicos tempos de faculdade, mais precisamente na época em que meu hábitat era uma conturbada república de universitários sonhadores eu fiz uma troca. Nada demais, muito menos algo relacionado com experiências sexuais. Prometi um disco autografado para meu colega de república para em troca, receber abandonados e úmidos 12 LPs do Bob Dylan. "Presente de grego" que ofereci `a ele e nem lembro se cheguei a entregar, o CD do Enzime, minha antiga banda, recém gravado na época. Tudo para por as mãos no pior do melhor. Era de fato a fase ruim. Se meus neurônios ainda permitem, algo entre 1978 e 1990. É óbvio que, desde aquela época, eu já preferia 63 a 72. Mas, não tem como negar, é ruim para os padrões Bob Dylan, e salvo um disco, que admito, parece ter saído do canal evangélico de clipes o resto é "escutável". O tempo passou e duas coisas boas aconteceram relacionados a essa história. O Dylan voltou a fazer discos realmente bons e meu amigo, tornou-se um acíduo servo de Krishna, daqueles que acorda cinco horas da manhã pra trocar a roupa da estátua do Deus Hindú. Eles (Dylan e meu amigo) também pararam de trepar, acredito.
Depois, da troca, eu me aprofundei bastante na arte do folclórico cancioneiro norte-americano. Procurei escutar tudo dele, e admirar as pessoas que conseguem decorar suas letras, compridas pra caralho e, se a união anti-pedofilia me permitir, admirar inclusive a Mallu Magalhães. Com a chegada do velho quase morto ao Brasil, cogitei ir ou não ir ao show, ir ou não ir para Buenos Aires vê-lo, ir ou não ir a bilheteria mais próxima a fim de deixar minhas cuecas pra poder bancar as 300/500/900 pratas pedidas por uma noite próximo a ele em Sampa.
"Vale pelo fator histórico" já refletiam alguns entusiasmados. Com essa grana, pelo fator histórico, prefiro visitar Ouro Preto, Salvador e Laguna. "Pô, mas é o mestre Bob Dylan" - Aham, tocando piano, com voz de Tom Waits, e que a dois shows tinha elogiado o céu da Cidade do México, a mais poluída do mundo. "Cara, mas é uma noite histórica" - Claro, ao lado do Amaury Jr., Luiza Mel e um monte de mala que nem sabe direito quem é o ancião no palco, mais uma meia dúzia de fãs incondicionais, pior que cachorro, que quanto mais se bate, mais ele te lambe.
Tá, depois do meu colega de república, entrou mais um personagem importante na história. Dono de cagadas "master", entre elas, conceber o espermatozóide pra produção de um cara conhecido como Supla.
O senhor, integrante do grupo de risco dos "ex-maconheiros dos anos 60", sugeriu ao prefeito de São Paulo, oferecer um show gratuito, para todos. É claro que esse sim me atraiu. Primeiro por ser de graça. Depois, quem pagou 900 pratas não pisaria lá. Fiquei feliz mas desacreditado, apontando ao dono da ideia, mais uma cagada, por sugerir tão em cima da hora tal espetáculo. Fiquei de fora, me mordendo de inveja, torcendo para que o show fosse uma bosta e acreditando que a saída para esse mundo cão, regado a dinheiro e cocaína fosse acordar as cinco pra vestir a estátua de Krishna. Não vi o show, mas não fiquei deprimido escutando os discos dele em casa. O mais legal é que não vai ter próximo, considerando a idade dele. Já meu amigo, desapegado com bens materiais me promete agora a coleção do Neil Young.
Depois, da troca, eu me aprofundei bastante na arte do folclórico cancioneiro norte-americano. Procurei escutar tudo dele, e admirar as pessoas que conseguem decorar suas letras, compridas pra caralho e, se a união anti-pedofilia me permitir, admirar inclusive a Mallu Magalhães. Com a chegada do velho quase morto ao Brasil, cogitei ir ou não ir ao show, ir ou não ir para Buenos Aires vê-lo, ir ou não ir a bilheteria mais próxima a fim de deixar minhas cuecas pra poder bancar as 300/500/900 pratas pedidas por uma noite próximo a ele em Sampa.
"Vale pelo fator histórico" já refletiam alguns entusiasmados. Com essa grana, pelo fator histórico, prefiro visitar Ouro Preto, Salvador e Laguna. "Pô, mas é o mestre Bob Dylan" - Aham, tocando piano, com voz de Tom Waits, e que a dois shows tinha elogiado o céu da Cidade do México, a mais poluída do mundo. "Cara, mas é uma noite histórica" - Claro, ao lado do Amaury Jr., Luiza Mel e um monte de mala que nem sabe direito quem é o ancião no palco, mais uma meia dúzia de fãs incondicionais, pior que cachorro, que quanto mais se bate, mais ele te lambe.
Tá, depois do meu colega de república, entrou mais um personagem importante na história. Dono de cagadas "master", entre elas, conceber o espermatozóide pra produção de um cara conhecido como Supla.
O senhor, integrante do grupo de risco dos "ex-maconheiros dos anos 60", sugeriu ao prefeito de São Paulo, oferecer um show gratuito, para todos. É claro que esse sim me atraiu. Primeiro por ser de graça. Depois, quem pagou 900 pratas não pisaria lá. Fiquei feliz mas desacreditado, apontando ao dono da ideia, mais uma cagada, por sugerir tão em cima da hora tal espetáculo. Fiquei de fora, me mordendo de inveja, torcendo para que o show fosse uma bosta e acreditando que a saída para esse mundo cão, regado a dinheiro e cocaína fosse acordar as cinco pra vestir a estátua de Krishna. Não vi o show, mas não fiquei deprimido escutando os discos dele em casa. O mais legal é que não vai ter próximo, considerando a idade dele. Já meu amigo, desapegado com bens materiais me promete agora a coleção do Neil Young.
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